Como está o tempo hoje? Sobre teams, com letra minúscula.

Trabalho diariamente com pessoas que vivem em onze países diferentes com diversos fusos horários. Através de reuniões online vejo que está a nevar em Seul, a chover em Praga e a fazer sol em São Paulo… e tudo ao mesmo tempo. Na nossa equipa internacional e multidisciplinar, trabalhamos juntos para concretizar um grande programa de transformação que visa reformular a forma de pensar, a forma de trabalhar, os processos e a tecnologia, de modo que a empresa onde trabalhamos também possa corresponder às elevadas expectativas dos clientes e às contínuas mudanças no futuro.

Quando iniciamos um trajeto de transformação numa organização com a Vasco, começamos a trabalhar de forma pragmática. Primeiro averiguamos a capacidade e métodos disponíveis para ver de que modo podemos definir e mostrar rapidamente um resultado realista. O objetivo principal desta fase é formar uma equipa e introduzir uma forma de trabalhar que mostre que a mudança é possível. No entanto, a formação de uma equipa requer tempo e esforço. Primeiro começamos por refinar o objetivo e as expectativas do programa, pois este tem de estar claro e explícito ao nível de gestão, onde esperamos um true sponsorship. Em seguida, quando começamos a trabalhar em ciclos curtos com uma equipa multidisciplinar de tecnologia e negócios, orientamo-nos primeiro para o indivíduo. Quais são as qualificações e antecedentes profissionais de cada membro desta equipa de projeto? Qual é o objetivo que cada membro quer alcançar neste projeto? E qual é a motivação de cada um? O objetivo destas questões é compreendermo-nos uns aos outros para, em seguida, alcançarmos o primeiro resultado em conjunto. O resultado desta primeira etapa é depois apresentado e comemorado com a organização inteira. Este é o início da transformação.

Os grandes programas de transformação são uma verdadeira

maratona. Embora utilizemos termos como sprints, ciclos curtos, scrum, quick wins e aceleração contínua, trata-se de um processo a longo prazo. Para enfrentar esta maratona, é necessário formar boas equipas sintonizadas entre si que estejam dispostas a trabalhar umas pelas outras, com coragem para cometer erros e que sejam honestas entre si. Equipas que confiam umas nas outras e que realmente acreditam na mudança. A maioria dos colegas ocupa-se com o trabalho do programa paralelamente ao próprio trabalho operacional diário. O tempo que cada colega despende no programa tem de trazer prazer e atribuir a mais-valia. Caso contrário, é praticamente impossível aguentar uma maratona durante muito tempo.

Depois de oito meses a trabalhar com esta equipa, fui recentemente visitar a parte europeia da equipa. No início uma situação um pouco estranha para todos que se encontram pela primeira vez num bar de um hotel em Estocolmo a um domingo à tarde. A dúvida entre um aceno amigável, uma forma alternativa de cumprimento em tempos de pandemia ou um abraço caracteriza os primeiros minutos, mas à medida que as bebidas são servidas, a conversa solta-se: fala-se de planos de férias, filhos, animais de estimação, a aurora boreal e campeonatos de pesca.

Depois de trabalharmos juntos sob o mesmo teto durante três dias e comermos e bebermos juntos durante três noites, chegámos a uma primeira conclusão provisória. E o melhor de tudo é que estamos orgulhosos do resultado alcançado! Tivemos um bom começo.

Entretanto voltámos à vida diária por meio de reuniões online. O nosso objetivo para o próximo mês está claro. As equipas são alargadas o que nos possibilita dar passos maiores. O programa de transformação está realmente a desabrochar.

Agora, quando olho para o mundo através do meu ecrã, não só vejo as mudanças no tempo, mas também os detalhes pessoais. Agora já sei que o gato que de vez em quando aparece no ecrã de um colega é igual ao gato de um outro colega. Para mim, isto é um sinal que estamos no caminho certo. Agora conhecemo-nos, entendemo-nos e trabalhamos juntos.

Vasco. Juntos tornamos as coisas fáceis.